sábado, 29 de agosto de 2009

Zona "livre" da Neoditadura

Estudo na melhor Universidade - privada - de Sergipe. "Só estuda rico lá, brother" já dizem as pessoas que moram em Aracaju, capital de Sergipe. Mas eu não estudo lá por status, mas pela estrutura do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, e por esses dias, estive sentado, sozinho, no GRANDE (mini)Shopping dessa Instituição, observando. "Onde estão os estudantes revolucionários de Jornalismo?", pensei. Aqueles que foram influênciados pelas 'Diretas Já' ou pela Revolução Comunicacional da Ditadura?
Que chagavam nas Universidades e faziam palestras, alertavam a juventude, lutavam por melhores condições de estudo, moradia, saúde, enfim, cidadania.
Estudantes que nas roupas, transgrediam e transmitiam a sua indginação. Que viviam nas bibliotecas, que panfletavam, que se comunicavam... Tudo isso, ou pelo menos quase tudo, se acabou.

O jovem estudante de Jornalismo, hoje, não mais se vestem desajeitado, não mais panfleta, quase não vai mais na biblioteca, poucos fazem pedágio no sinal!São, apenas, Revolucionários de Blogs e Papeis. Nem sempre com seus nome artísticos ou próprios, mas como numa neoditadura, que não os permitem reinvindicar ou reclamar, ou simplesmete serem - eles - mesmos. São personagens. O estudante, desde o primeiro período comporta-se como uma marionete bem vestida e, a espera que algum professor o chame para trabalhar numa TV, rádio ou qualquer área voltada a comunicação, que seja discreto, de boa aparência e não queria reinvindicar seus direitos. Está tudo nos conformes. Os estudantes ficam "mudos", vestem seus personagens e, no final da noite, já de madrugada, escrevem - na internet.

Um comentário:

Daniel Fernandes disse...

Oi danilo! obrigado pelo comentário, quando quiser criticar, pode criticar a vontade! Sobre minha extrema parcialidade: como futuro jornalista, eu vou ter que engolir minha opinião durante todo o expediente de trabalho, então eu já, desde cedo, descarrego minha revolta no blog pra que, ao estar no ímpeto da minha profissão, a contenha.

Sobre seu post: Na minha opinião, desde o fim das eleições indiretas e mais ou menos depois de Collor, começou a ser propagada pelos meios de comunicação, pelo Governo, pela sociedade em geral, uma idéia de que o Brasil caminhava pra ser um país perfeito, e portanto não mais precisaria da participação popular. Gradativamente a população foi perdendo essa veia reivindicativa, investigadora, e passou a simplismente dizer "a culpa é dos políticos". Sim, mas quem os botou lá? Não fomos nós? EU tenho acompanhado recentes pequenas manifestações, e inclusive comentei sobre isso em um de meus posts (passa lá pra ver depois!). A política brasileira chegou a um ponto tão escrachado, que começa a romper com esses sedentarismo moral e instiga, novamente, a participação principalmente estudantil. Só nos resta asber até onde isso vai.