quarta-feira, 1 de julho de 2009

Se não havia...

...armas em suas mãos, por que entrou na guerra?
...mais chances, por que tentou?
...vontade de morrer, por que suicidou-se?
...mais tempo, por que correu?
...dúvidas, por que perguntou?
...vontade, por que fez?

As vezes fazemos coisas sem pensar, mas por sermos humanos.

( ______________ )

Como é ter a sensação de estar dentro de um livro, escrevendo páginas diárias de acontecimentos ou de apenas um vazio?

Acho que a resposta eu tenho. Receio que eu a esteja fazendo com precisão e concretude. A palavra que mais se repete em minha cabeça é o medo, ansiedade, talvez a dúvida, mas são sentimentos como esses que parecem versificar a cada dia novas páginas neste livro que se intitula (pelo menos a mim) com o nome de "vida". Na construção de frases, ficam transcritos momentos descritos com ricos detalhes e outros apenas citáveis. Como é estranho ver sua história em palavras criadas no subconsciente! E vai-se levando a vida, como folhas passadas por dedos que não se sabe de onde vêm, mas que existem. Contudo, pego-me perguntando se terei controle da escrita ou se apenas sou espectador de uma história que não se sabe onde tá o fim, pois nem que eu queira, simplesmente não consigo ver as páginas subsequentes.

E quanto mais eu penso nesse livro, parece que as palavras formam-se em minha cabeça deixando-me angustiado, preso em uma vida a ser observada ou imaginadas
(e não a ser vivida) como nas páginas de um livro.